terça-feira, julho 13, 2010

"Café Quente..." inicia circulação



Grupo Caos e Acaso de Teatro inicia circulação do espetáculo "Café Quente em Noite Fria ou o Ensaio sobre a Lenda do Ouro Verde" pelo Paraná.


O Grupo Caos e Acaso de Teatro inicia circulação da peça "Café Quente em Noite Fria ou o Ensaio sobre a Lenda do Ouro Verde" pelo Paraná nesta semana. O espetáculo será apresentado gratuitamente na cidade de Arapongas no Cine Teatro Mauá na cidade de Arapongas, nesta sexta-feira, dia 16 de Julho. Em agosto o espetáculo segue para a cidade de Maringá, onde apresenta-se no teatro barracão, também de forma gratuita.
Estas apresentações são parte do Projeto "Café quente em Noite Fria", contemplado pelo Prêmio Funarte Teatro Myriam Muniz de 2009. Além de Apucarana e Maringá, o espetáculo ainda realizará apresentações nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e Guarapuava.

O Espetáculo Café Quente em Noite Fria, ambienta-se no período da grande Geada Negra, que se abateu sobre norte do PR em 1975 e a migração para as Terras da Amazônia em 1976, mostrando respectivamente fim e re-inicio de uma mesma lenda, a do “Ouro Verde”. A peça narra fragmentos das Histórias de Zé Alcino e Betina. Ele pequeno proprietário de terras, que vê sua pequena plantação queimada pela geada, obrigado mais uma vez a partir para terras mais distantes em busca de sua subsistência.



Ela, Jovem camponesa, que se vê obrigada a deixar o sitio de seus pais e procurar ocupação na cidade. A partir da ótica destes dois personagens, o espetáculo procura analisar os motivos (e a geada foi apenas mais um dentre tantos), que levaram os lavradores do Sul a se tornarem os colonos do Norte: a mecanização da agricultura, o movimento de proletarização do campo, a expulsão das terras, e outras mais. Inclusive da busca de um sentido para busca de uma “terra prometida.”

“Café Quente em Noite Fria” procura evidenciar sua construção por um jogo teatral claro, com regras expostas. Trabalha com a relação direta entre atores e público, de uma forma anti-ilusionista, desprovida de maiores efeitos cenográficos. O espaço da ficção depende da colaboração imaginária do espectador, é construído como experiência compartilhada.

Fotos: Mariana Matias

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