quarta-feira, maio 14, 2008

I Forum da Rede Cidadania na Vila Cultural Casa do Teatro do Oprimido



No dia 08 de maio, a Rede Cidadania realizou o primeiro Fórum de projetos, Na VIla Cultural Casa do Teatro do Oprimido de Londrina, propiciando um momento para que as equipes de agentes culturais pudessem se encontrar e trocar experiências, além, é claro, de proporem ações de integração entre as iniciativas da Rede Cidadania. Além de expor uma reflexão sobre os objetivos da Rede Cidadania, Valdir Grandini, coordenador do programa, colocou em debate uma importante tarefa para as equipes dos projetos: todos devem, a seu modo, encontrar uma maneira de ampliar e aprofundar a relação dos projetos com as comunidades, enquanto um conjunto de ações e objetivos que vão além das oficinas e visam uma melhoria de qualidade de vida para as pessoas e para a cidade através da cultura.




Grandini definiu o conceito de comunidade a participar da reunião, compreendido sob dois aspectos: a comunidade geográfica ou territorial, ou seja, os atores presentes no entorno da localidade em que os projetos estão inseridos – como exemplo, escolas, igrejas, associações de bairro, moradores, etc; a comunidade de interesse, ou o conjunto de pessoas que comungam da identidade relacionada aos conteúdos trabalhados pelos projetos – como exemplo, as pessoas que fazem oficinas no âmbito do projeto, suas famílias, simpatizantes da mesma linguagem artístico-cultural, etc.

“Existem dois objetivos principais na realização dessas reuniões. Primeiro, tornar conhecidos os projetos. Segundo, tornar conhecida a Rede Cidadania. Mas tornar conhecido não significa simplesmente saber que as oficinas acontecem, é preciso iniciar um processo de comunicação interativa com as comunidades para mostrar a Rede Cidadania, tecida pelos diversos pontos que são os projetos, como uma rede que proporciona formas de vivência cultural para as pessoas e para a cidade”, explicou Valdir Grandini.

As reuniões previstas para até meados de junho fazem parte da primeira fase do planejamento da Rede Cidadania 2008, quando os projetos estão no momento de estruturação das oficinas e começo dos processos criativos. Para a segunda fase está prevista uma segunda rodada de reuniões, momento de acabamento das oficinas e circulação dos resultados, pois é preciso saber como mensurar as interferências dos projetos nas vidas das pessoas e das comunidades.

O DEBATE

Danilo Lagoeiro, membro da Vila Cultural Brasil, comentou sobre a experiência da Vila e a necessidade de “aprofundar a relação orgânica das vilas culturais com as comunidades”. Segundo ele, ainda permanecem dificuldades, pois existe uma fragilidade para mensurar em dados essas questões. “Na Vila Brasil estamos realizando um mapeamento cultural, aplicando questionários para observar a realidade socioeconômica e o gosto cultural das pessoas, mas às vezes falta mão de obra e parece que processo enrosca no meio do caminho”, desabafou.

Para Marcos Cruz, do Conselho de Cultura da Região Sul, uma alternativa é trabalhar junto com os conselhos regionais, pois “podemos ajudar a divulgar os projetos nas Igrejas, nas escolas. Existem pessoas que reclamam dos projetos porque acham que se tem um projeto cultural vai faltar dinheiro para a saúde, como se o projeto tirasse um médico do bairro”, revelou.

Como resposta ao problema, “A sensibilização das comunidades para a importância da cultura é essencial para o enraizamento e continuidade dos projetos da Rede Cidadania, principalmente porque é ano eleitoral e toda mudança de mandato é complicada”, concluiu Tânia Maria Pereira, do Provopar.

Já Josemar Lucas, da Vila Cultural Casa do Teatro do Oprimido, defendeu que “às vezes, as pessoas não têm o dimensionamento do que é a Rede Cidadania, o Promic, enfim, todo ess processo cultural. É importante mostrar na reunião um levantamento histórico, pois antes de 2003 a gente já trabalhava com teatro e hoje existem possibilidades de trabalho que não existiriam se não fosse esse momento da cultura como um todo na cidade”.

Alessandra Aparecida Silva, da equipe de coordenação da Rede, ainda afirmou que “há algum tempo, trabalho vendo o universo de cada projeto e muitos não se pensam como gestores da cultura. Não podemos esquecer que o espírito de rede pode potencializar as ações de cada grupo”.

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