domingo, fevereiro 03, 2008

Diários de Bordo

E agora? Quem poderá me defender?

Vinda de outras experiências teatrais (amadoras) cheguei a uma oficina de Teatro do Oprimido indicada por uma colega com quem encenava na escola. Procurava algo diferente. Foi paixão a primeira vista! Nunca tinha ouvido falar em Teatro do Oprimido, mas fui convidada a participar das oficinas e aceitei. No começo não entendia muito bem essa relação entre oprimidos e opressores, mas a partir do momento que entendi, comecei a me dedicar, mais e mais.


Meu grupo passou a ser o “Caos e Acaso”, faço parte dele há um ano. Um ano cheio de desafios por sinal, comecei do zero, técnicas vocais e corporais, metodológicas, tudo assustador, mas ao mesmo tempo fascinante. Fiz a oficina para formação de Curingas e depois para concluir, fui procurar um lugar para dar uma oficina de TO. Outro grande desafio.


Acho que se não acreditasse que o TO contribuiria para minha vida cotidiana, tinha desistido há muito tempo, os jogos, os exercícios teatrais, a experiência do fórum, tudo! Tive que vivenciar primeiro, conseguindo assim argumentos concretos para quebrar as opressões que sofria.


Nos meus ensaios, com o meu grupo Caos e Acaso e na oficina que realizo no Colégio Estadual São José, com o grupo “Ações e Reações”, destaco no processo de criação os jogos que objetivam a desmecanização intelectual tanto minha, quanto dos meus oficinandos. A experiência como Multiplicadora foi muito boa; descobri meus erros e como consertá-los; apesar de ter ainda muita coisa pra aprender. Um fórum especial foi o primeiro, no Colégio São José, pude observar a reação das pessoas em relação ao grupo que foi formado ali e das seis alternativas, três eram reais, me impressionou a facilidade com que entenderam o jogo teatral e a vontade de participar.


Para mim, participar de um grupo de TO é ter feito uma escolha. A escolha de ser ativa quando a maioria se limita a seguir, quebrar padrões estéticos e comportamentais, descobrir outros caminhos e dividir com aqueles que precisam saber o quanto antes da opressão que sofrem, seja ela pessoal ou social, dando-lhes ferramentas para mudar essa situação.


Então... Quem poderá te defender? Ora! Você mesmo!

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