Dia 25 – Quinta
A Pereira da Tia Miséria
A Pereira da Tia Miséria
Companhia Teatral: Núcleo Ás de Paus
País: Brasil – Londrina – PR
Autor: Luan Valero
Diretor: coletiva
Gênero: Teatro de Rua
Classificação Livre
Data: 25 de Novembro
Local: Em Frente ao Banco do Brasil (Calçadão)
Horário: 17:00
Entrada Franca
Sinopse: A Fome personificou-se em uma criança nascida da Miséria que todas as pessoas temem, separou-se de sua mãe e, desde então, percorre o mundo, trazendo o sofrimento a todos. O ser humano, naturalmente, conhece a Fome, porém é sempre preferível saciá-la e não imaginar o que pode acontecer se ela chegar a seu ponto extremo. A Morte tão temida por todos, é naturalmente a melhor saída para um mundo em que novas possibilidades não param de nascer. Tia Miséria, no dia em que deveria morrer, engana a Morte, que acaba ficando presa em sua árvore e, em um acordo feito diante do olhar de todos, Tia Miséria decide viver, ingenuamente procurando pelo seu filho para, só então, deixarem este lugar que nunca os quis.
O Núcleo Ás de Paus desenvolve sua teatralidade a partir de pesquisas em pernas-de-pau e outros efeitos de prolongamento do corpo há cerca de quatro anos. A identificação do grupo com a linguagem popular vem da tradição do uso de pernas-de-pau em festejos e brincadeiras de rua e da possibilidade de, através do estranhamento causado pela dimensão das personagens, levar o teatro a diversos públicos como instrumento de reflexão.
Café quente em Noite Fria ou o Ensaio sobre a Lenda do Ouro Verde
Companhia: Grupo Caos e Acaso de Teatro
País: Brasil - Londrina – PR
Autor: Roberto Sales
Diretor: Roberto Sales
Gênero: Teatro Épico
Classificação: a partir de 12 anos
Data: 25 de Novembro
Local: Escola Municipal de Teatro - EMT
Horário: 21:00
Entrada Franca
Sinopse: O Espetáculo “Café Quente em Noite Fria...”, ambienta-se no período da grande Geada Negra, que se abateu sobre norte do PR em 1975 e a migração para as Terras da Amazônia em 1976, mostrando respectivamente fim e re-inicio de uma mesma lenda, a do “Ouro Verde”. A peça narra fragmentos das Histórias de Zé Alcino e Betina. Ele pequeno proprietário de terras, que vê sua pequena plantação queimada pela geada, obrigado mais uma vez a partir para terras mais distantes em busca de sua subsistência. Ela, Jovem camponesa, que se vê obrigada a deixar o sitio de seus pais e procurar ocupação na cidade. A partir da ótica destes dois personagens, o espetáculo procura analisar os motivos (e a geada foi apenas mais um dentre tantos), que levaram os lavradores do Sul a se tornarem os colonos do Norte: a mecanização da agricultura, o movimento de proletarização do campo, a expulsão das terras, e outras mais. Inclusive da busca de um sentido para busca de uma “terra prometida.”
Formado no fim do ano de 1999, o Grupo Caos & Acaso de Teatro, nasce em Londrina com uma perspectiva de se fazer uma prática teatral a favor da função social de um teatro popular à altura dos interesses imediatos (e necessidades históricas) da maioria da população. Profundamente influenciado pelos estudos de Brecht, além dramaturgos e pesquisadores nacionais como Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Vianna Filho, e Augusto Boal, o Grupo procurou desenvolver um “teatro em processo”, sobre os movimentos contraditórios de uma sociedade imersa na desigualdade social.
Dia 26 – Sexta
Espertezas de Arlequim
Companhia Teatral: Arte da Comédia
País: Brasil – Curitiba – PR
Autor: Roberto Innocente
Diretor: Roberto Innocente
Gênero: Coimédia dell”arte
Classificação Livre
Data: 26 de Novembro
Local: Praça Marechal Floriano Peixoto (Calçadão)
Horário: 15:00
Entrada Franca
Em “As Espertezas de Arlequim”, montagem do grupo de teatro de rua curitibano “Arte da Comédia”, o diretor italiano Roberto Innocente e sua trupe, que sempre trabalham de modo colaborativo, optaram por mostrar os esquemas tradicionais da Itália do ano de 1500, da ‘commedia dell’arte’, ao invés de ser apenas inspirada por eles. A peça tem um texto fixo, elaborado a partir de improvisações, com base no ‘canovaccio’. Entretanto, no desenrolar da história, toda a habilidade do ator se coloca à prova, em meio às improvisações, pois, o contexto da apresentação influencia muito o resultado final do espetáculo.
‘As Espertezas de Arlequim’, clássica ‘commedia dell’Arte’, se baseia na habilidade dos atores e na força das personagens. “Em síntese, trata-se de uma comédia humorada, cheia de piadas, gags e acrobacias, que, na construção física das personagens, alcançam estágios de comunicação que vão além do texto e da palavra”, conclui Roberto Innocente,
Na ação do espetáculo, o velho Pantaleão quer casar com Ricciolina, enquanto Arlequim, seu criado, também está apaixonado por ela. Entretanto, Ricciolina não quer nenhum dos dois, pois, um é velho e o outro é criado – ela prefere um jovem bonito e rico da cidade, mas não aparece ninguém. Arlequim prepara uma armadilha para tirar Pantaleão do seu caminho e poder conquistar Ricciolina. Entre muitas peripécias, confusões e acrobacias, Alrlequim demonstra sua esperteza, dando uma lição no velho Pantaleão, conquistando o coração de Ricciolina, num final surpreendente.
Pindorama a Saga de um Cristo
Companhia Teatral: Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada
País: Brasil – Sorocaba/SP
Autor: Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada
Diretor: Carlos Doles
Duração: 60 minutos
Gênero: Comédia
Dirigida ao público a partir de 10 anos
Data: 26 de Novembro
Local: Em Frente ao Banco do Brasil (Calçadão)
Horário: 17:00
Entrada Franca
Sinopse: uma história com pé e cabeça abordando alguns dos principais acontecimentos históricos como a primeira missa no Brasil, a catequização dos índios e a chegada da família real.
Com pano de fundo três personagens bíblicos, Jesus, Madalena e o diabo. Jesus ressuscitou e não conseguiu ir para o céu, pois Madalena muito apaixonada o segurou e propôs que eles vivessem juntos. Com a recusa de Jesus, Madalena o prega novamente na cruz e o esconde. Ao longo de 1500 anos ela o explora vendendo seus milagres. Em um dado momento Jesus foge acompanhado por um cego e vão em direção da terra recém descoberta pelos portugueses.
A cultura popular brasileira tem como um dos seus principais elementos a mistura étnica. As variantes destas misturas são comportamentos políticos que invariavelmente esbarram em disputa territorial, aproximação política e aglomeração de riquezas. Em “Pindorama: a Saga de um Cristo” existe uma seleção de momentos historicamente impares que tratam destes fatos que contribuíra, segundo o olhar do grupo, para a formação da identidade cultural brasileira.
Há sete anos pesquisando o teatro popular e as possibilidades de democratização da arte teatral o grupo desenvolve uma serie de atividades em bairros da cidade de Sorocaba, sendo que nos últimos três anos foi contemplado pelo LINC (Lei de incentivo a cultura)
Relações em Conflito
Companhia Teatral: Núcleo de Formação de Facilitadores – FOFA / UDESC
País: Brasil – Florianópolis /SC
Autor: Grupo
Direção: Márcia Pompeo Nogueira
Musicas: Evanice Figueiredo de Oliveira, João Nogueira Tragtenberg. Paulo de Tarso L. Brandão
Dirigida ao público a partir de 10 anos
Data: 26 de Novembro
Local: Escola Municipal de Teatro – EMT
Horário: 21:00
Entrada Franca
Sinopse Criada a partir da interação entre o FOFA (Núcleo de Formação de Facilitadores) e a comunidade da Tapera, a peça é baseada em histórias e pesquisas conjuntas no bairro, a partir de visitas e registros. “Queríamos uma aproximação informal com o cotidiano local, de forma a gerar um entendimento mais amplo do que é a Tapera”, afirma Marcia Pompeo, diretora do espetáculo e professora do departamento de Artes Cênicas do Centro de Artes da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina).
Em cena, o espetáculo se desenvolve a partir de dois focos distintos: o infantil e o adulto. No primeiro, conta a história de Juliana, uma menina diferente das demais, que é provocada pelos colegas na escola. O foco adulto retrata a vida de Francisco, pai de Juliana, cujos percalços são inspirados na peça Woyzeck de Büchner.
O Núcleo de Formação de Facilitadores – FOFA – é um projeto de extensão do Centro de Artes da UDESC, criado em 2008 com o objetivo de desenvolver trabalhos voltados para à abordagem Dialógica do Teatro para o Desenvolvimento, principalmente no sentido de valorizar as vozes das comunidades na construção de processos criativos. Atualmente, conta com cerca de 20 integrantes, incluindo pessoas da universidade, líderes comunitários e coordenadores de trabalhos artísticos em comunidades, escolas e sindicatos. O projeto funciona como fórum de teatro na comunidade, vinculando pesquisa e extensão, além de representar um espaço de troca, na medida em que favorece a experimentação.
Dia 27 – Sábado
Dias contestados
Companhia Teatral: Grupo Caos & Acaso de Teatro/ Grupo Encenação - FTO
País: Brasil – Londrina /PR
Autor: O Grupo – a partir de Textos José Romário Borelli, B Brecht
Direção: O Grupo
Musicas: O Grupo
Classificação Livre
Data: 27 de Novembro
Local: Praça Marechal Floriano Peixoto –(calçadão)
Horário: 10:00
Entrada Franca
“Dias Contestados” é uma Peça-Processo que narra fragmentos da Guerra do Contestado (1912-1916 entre Paraná e Santa Catarina), através do ponto de vista de personagens anônimas e outras baseadas em figuras reais como o Monge José Maria, os líderes Adeodato e Elias.
A maioria das cenas enfoca o cotidiano dos caboclos antes e durante a organização do movimento sertanejo, que fora, sem dúvida, uma das mais importantes insurreições populares do Brasil, e que paradoxalmente é despercebida pela maioria da população e pela historiografia oficial. Contudo, não se trata de uma peça histórica, mas de uma oportunidade de pensar nosso presente de maneira “distanciada”.
O Espetáculo é parte de processo de pesquisa em Teatro Popular realizado pela Fábrica de Teatro do Oprimido a qual concebe a História Coletiva do "homem comum", e a sua memória - e de seu trabalho, como elementos fundantes de um Teatro Popular de interesse da maioria da população. Busca-se também a partir desta pesquisa a criação de uma dramaturgia própria sobre assuntos brasileiros, na qual, também se insere a peça-processo “Café quente em Noite Fria, ou o Ensaio Lenda do Ouro Verde”, montada pelo Grupo em 2009.
DE EFECTO MEFISTOFOLES
Companhia Teatral: La Vueltaperro Teatro
País: Argentina – Córdoba
Autor: criação coletiva
Direção: Senón Sosa
Classificação: 16 anos
Data: 27 de novembro
Local: Escola Municipal de Teatro
Horário: 21 horas
Entrada Franca
Sinopse: o espetáculo aborda o mito de Fausto, uma história por várias vezes foi utilizada para entender a realidade da vida. O grupo utiliza-se de Fausto como maneira de compreender e transformar a experiência de vida.
“Efecto Mefistófeles” expressa de forma crua e sem mascaras a desigualdade, o autoritarismo, o abuso sobre os corpos, a automatização e a perda de sentidos da existência gerada por condições em milhares de pessoas que são exploradas todos os dias. O espetáculo busca através da fusão de linguagens: teatro, cinema, musica e fotografia a desnaturalização da vida cotidiana do trabalhador.
Mentiras, traição, violência, amor, compromisso, verifique os corpos e os jogadores percebem isso.
O grupo é formado por artistas de diferentes disciplinas, a maioria do teatro, que tem como um elemento em comum o desejo de utilizar a arte como ferramenta de ação política, desvelando situações de opressão e buscando uma sociedade mais igualitária.
Dia 28 – Domingo
Homens Livres
Companhia Teatral: Cia Teatro de Garagem
País: Brasil – Londrina /PR
Autor: Criação Coletiva
Direção: Coletiva
Musicas: Everton Bonfim e Miguel Matosso
Classificação Livre
Data: 28 de novembro
Local: Feira Livre dos Cinco Conjuntos (em frente ao Centro Cultural Luppercio Luppi)
Horário: 10:00
Entrada Franca
Liberdade... O que é ser livre para você? É essa a pergunta feita pelos atores-criadores da intervenção cênica “Homens Livres”, da Cia. Teatro de Garagem de Londrina, PR O espetáculo traz, com o teatro de rua, um trabalho de colagem e criação coletiva, com textos dos próprios atores e também de diversos autores que abordaram, cada qual à sua maneira, a questão da liberdade. Entre eles, Jean Paul Sartre, Bertolt Brecht e Danny Boyle, do filme “Trainspotting”.
Nascido como experimento cênico em festas e eventos no ano de 2009, o espetáculo vem sendo alterado desde então. A montagem possui um “oráculo sonoro”, que intervém nas mudanças de cena, desenvolvidas a partir de exercícios e intervenções com o público. Os personagens repensam regras e tabus de acordo com sua própria lógica de teor surrealista e revertem o automatismo em movimentos, vozes e textos totalmente atípicos.
A intervenção “Homens Livres” pretende ser um trabalho cênico e criativo de distorção e alteração de comportamentos em cena, paralelo à colocação de perguntas, que gerarão outras. Não existe a pretensão de uma resposta, mas de um diálogo que possa levar a possíveis respostas.
A Cia. Teatro de Garagem existe desde 2006 e é formada por profissionais de várias áreas como psicologia, letras, história, relações públicas, entre outros. O elenco oficial traz ex-alunos do Curso Livre de Teatro, ministrado por Everton Bonfim.Dos 13 espetáculos já montados pela Cia, cinco foram resultado do curso.
Acordes
Companhia Teatral: Cia Cênica
País: Brasil – São José do Rio Preto
Autor: Grupo
Diretor: Fagner Rodrigues
Gênero: Musical
Dirigida ao público a partir dos 13 anos
Data: 28 de novembro
Local: Escola Municipal de Teatro – EMT (Rua Acre, 315)
Horário: 21:00h
Entrada Franca
Sinopse: Dia 31 de março de 1964, tropas paulistas e mineiras marcham pela Guanabara. É o começo da revolução? É a Ditadura Militar! Os acordes distorcidos das metralhadoras, das repressões físicas e intelectuais transformam-se nos acordes musicais que ultrapassam gerações e não nos deixam esquecer de um tempo em que falar sobre flores é quase um crime! Compassos do exílio, estribilhos da tortura, sons de lamento. Acordes! Diante disso, resta a voz que canta e a alma que luta. Sonhar e cantar, despertar para uma realidade que deve e pode acordar.
Um Ano e quatro meses de pesquisa da Cia. Cênica resultaram em “Acordes”, musical que homenageia os grandes festivais de MPB da década de 1960 e 70.
O espetáculo envolve uma pesquisa histórica construída por um grupo de pessoas em processo de descoberta, diz. “Acordes” tem roteiro fragmentado. Transita por linguagens diversas. “Passamos desde o exílio a movimentos como a Tropicália” Diz Homero Ferreira diretor da Cia. Criado a partir mesmo de recortes, o espetáculo busca, o entendimento e a exteriorização dos sentimentos por meio da música e suas expressões.
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