segunda-feira, maio 18, 2009

GTO CAPS AD Apresenta-se na Semana da Luta Antimanicomial de Londrina



A partir dos anos 1970, mesmo período em que nascia o Teatro do Oprimido, trabalhadores de saúde mental denunciaram as condições subumanas a que estavam submetidos os portadores de transtornos mentais. Desde então, o poder público iniciou a construção de uma política pública de humanização desospitalização e desinstitucionalização, com garantia dos direitos dessa população.


A escolha do dia 18 de maio para marcar as comemorações da Luta Antimanicomial se deve à realização de um congresso nacional de trabalhadores de saúde mental, em dezembro de 1987, no município de Bauru, em São Paulo, quando um grupo de profissionais de saúde lançou um movimento nacional com o lema "Por uma sociedade sem manicômios". O movimento luta pelo cumprimento da Lei 10.216 de 2001, que normatiza a Reforma Psiquiátrica. Em síntese, a reforma representa a implantação de uma rede de serviços substitutivos aos manicômios.

Desde 1987, no dia 18 de maio, os profissionais de saúde mental, usuários, familiares e militantes da área de saúde mental, vão às ruas, praças, universidades, instituições de saúde etc, para debater com a sociedade o mito de que o louco é incapaz e perigoso, e ainda mostrar que é possível tratar os pacientes de maneira diferente com humanização, qualidade, respeitando-os como sujeitos da cidadania.



Em Londrina:

Elson, Fazendo Curingagem no CAPS AD na ocasião da V Mostra de TO de Londrina

Na semana da Luta antimanicomial, mas precisamente no dia 16 de maio, apresentou-se no Calçadão o Grupo de Teatro do Oprimido do CAPS A/D com um espetáculo de Teatro-Fórum que discutia problemas como preconceito e discriminação referentes ao usuários do CAPS. O trabalho no CAPS com o Teatro do Oprimido está sendo desenvolvido desde agosto de 2008, pelos Multiplicadores Elson Alves de Lima e Ilka Elorza, que participaram dos módulos do Curso "Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto", que aconteceu em Londrina em 2008, sob coordenação de Olivar Bendelach do CTO Rio.


No inicio do mês, à convite dos Multiplicadores do CAPS; Gildemar Roberto Sales e Glauco Garcia tiveram a oportunidade de acompanhar os ensaios do Grupo e puderam contrubuir com o processo, dialogando com o grupo.

"Nosso trabalho - diz Elson - é realizado na perspectiva de reintroduzir o usuário de droga e álcool na sociedade. É o resgate da cidadania através da busca da autonomia e no controle do uso de substâncias químicas para que a pessoa adquira consciência de uma forma de uso que não prejudique sua conduta social”.


O Elson detalha que "O Caps é um sistema de atendimento conhecido como de ‘portas abertas’, onde qualquer pessoa usuária de álcool e droga pode entrar para se tratar".


Para as pessoas que aceitam o tratamento, o Caps oferece, além das Oficinas de TO, terapia comunitária; oficinas para aprendizagem de confecção de velas; tear; reciclagem; desenho; kirigami, uma variação do tradicional origami; culinária; e leitura e prática de esporte.



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