quarta-feira, abril 16, 2008

PROJETOS TEATRAIS SE ENCONTRAM NA REDE CIDADANIA

PROJETOS TEATRAIS SE ENCONTRAM NA REDE CIDADANIA
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Por Laila Menechino


Londrina - Como os agentes culturais desejam as oficinas focais? Como garantir interação entre os projetos da Rede Cidadania? Quais são as necessidades, desafios e expectativas em 2008? Na quarta-feira, dia 03 de abril, a Rede Cidadania promoveu a primeira reunião de grupos focais, com um objetivo principal: ouvir os agentes culturais do teatro. A Rede Cidadania quer saber que tipo de atividade cada grupo focal espera nas “oficinas focais”, momentos de formação voltados a pequenos grupos de projetos, divididos em blocos de linguagens.

Participantes dos projetos inter-relacionados Vila Cultural Casa do Teatro do Oprimido de Londrina, Teatro e Transformação Social, Mostra Teatro do Oprimido, e do projeto Circuito Teatro Imago, estiveram presentes no encontro, que durou cerca de duas horas e meia.

“A reunião foi muito produtiva, mas uma coisa me chamou mais a atenção”, disse Vandir Grandini, coordenador da Rede Cidadania. “De início, quando instiguei os participantes a dar idéias para as oficinas focais, um silêncio tomou conta da sala. Depois, todo mundo se soltou e a partir da conversa sobre cada projeto foi possível perceber que as pessoas estão muito abertas aos momentos de troca”, refletiu o coordenador. “Queremos fazer exercícios entre as artes solidárias, criar e integrar momentos entre os projetos”. E do encontro, novos encontros virão. “Surgiu a idéia de realizar um fórum aberto de discussão sobre o teatro, envolvendo o curso de artes cênicas da UEL e as Vilas Culturais”, relatou Grandini.

Segundo Nádia Borges Lima, proponente dos projetos da Rede Cidadania que utilizam a Metodologia do Teatro do Oprimido, nesse ano a busca é fortalecer os grupos populares já formados pelo projeto Teatro e Transformação Social, que multiplica os conceitos de Augusto Boal, através da Fábrica do Teatro do Oprimido, formando agentes comunitários em oficinas e apresentações cênicas, nas diversas regiões da cidade. “A Casa possibilitou um diálogo maior entre os grupos e a nossa maior vitória é ver que, em cada grupo, sempre há uma pessoa envolvida para dar continuidade ao processo”, desabafou. Estavam na reunião para comprovar, Ana Carolina Alves da Silva e Débora Angelica Oliveira, que participaram de Oficinas de Formação de Multiplicadores, os “curingas”, e agora atuam formando novos grupos populares.

Na V Mostra do Teatro do Oprimido, os grupos populares vão ser novamente envolvidos na produção do evento e estarão concentrados em elaborar pré-projetos. De acordo com Gildemar Roberto Sales, o Gil, “A nossa maior dificuldade é colocá-los ‘na roda’, porque são vivências diferentes”, já que fazem parte dos grupos desde adolescentes até pessoas da terceira idade. “Como é uma mistura, um verdadeiro caldeirão, o trabalho coletivo é complexo, cada grupo tem conflitos específicos e é preciso aprofundar o conhecimento em termos de metodologia artística”, coloca. Um dos grupos populares do Teatro do Oprimido decidiu, inclusive, fazer uma pesquisa estética para enriquecer o trabalho com diferentes referências artísticas.

Já o projeto Circuito Teatro Imago, que em 2008 estréia na Rede Cidadania, começa nos dias 24 e 25 de abril a primeira etapa de oficinas na rede pública de ensino e, nos dias 26 e 27, as apresentações, no Teatro Zaqueu de Melo. “Queremos que pessoas gostem de ir ao teatro e queiram voltar”, expôs Daniele Pereira, formada em artes cênicas pela UEL e integrante do projeto.

Revitalizar a praça do Zaqueu de Melo, torná-la novamente conhecida como a “praça do teatro”, são objetivos do Circuito Teatro Imago, que quer atuar incisivamente na formação de público para o teatro pé-vermelho. Com ações que façam do teatro um evento com glamour, como estender o tapete vermelho na porta de entrada, trazer o pipoqueiro e o carrinho de cachorro-quente para a porta do teatro.

Além dessas inovações, o grupo planeja realizar em outubro o FESTA, festival de teatro de animação, direcionado ao público escolar. “Fizemos parceria com a Rede Cidadania e com a Vila Cultural Alma Brasil para concorrer aos editais da Caixa Econômica e dos Correios”, conta.

Gildemar demonstrou muito interesse nas idéias vindas do Circuito Teatro Imago. “Realmente, quanto mais cabeças pensando, melhor. As iniciativas do projeto (Circuito Teatro Imago) ajudam a desmistificar o teatro e precisamos mesmo continuar a trocar experiências na Rede”, conclui.

Um comentário:

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